Na aula do dia 06.04.2011, houve um debate sobre o processo de criação da interpretação através da poesia de Manoel de Barros. Um jogo simples e útil pra que nós pudessemos conhecer a nossa dupla, as nossas vivências, as nossas limitações e a nossa relação com a poesia do nosso artista.
No início cada um pegava sua dupla, lia o texto dado pela Prof. Wlad e depois debatia com a turma. Minha dupla foi a pessoa com quem mais tenho afinidade e relação de companheirismo na sala, que é meu amigo Cecílio Leitão, onde pegamos o texto ''Ver'', de Manoel de Barros, que trata sobre a brincadeira entre a criança e a lesma no quintal. Texto ousado, rico em poesia, envolvente, gostoso de ouvir e surpreendente de atuar. Após o debate sobre o texto em si, foi solicitado um outro ''foco'' para o debate; o foco seria agora de como trabalhar esse texto, de que forma passaríamos a emoção e de como enriquecer ainda mais o trabalho do poeta. A missão proposta é a de que o ator faz e não somente fala, fazendo, assim, com que o corpo se expresse de uma maneira que confirme tudo o que está sendo dito, e devia-se interagir com o objeto da 2º aula que nos foi solicitado, que nesse caso foi um postal que meu tio ganhou com um pedação do muro de Berlim/Alemanha.
Bem, gosto muito da ideia de contra-cena com um objeto pessoal, no início tive receio, medo de me apegar ao objeto misturado com a cena, mas depois tentei me controlar, também gosto da ideia da poesia ser interpretada de uma outra forma, pois ganha um outro ar ao nosso trabalho: algo envolvente, mágico, rico e simplório ao mesmo tempo.
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