Nunca pensei que fosse tão difícil, e ao mesmo tempo, tão legal de falar de nossas vidas. Falar, sentir, viver, poder expressar-se através do dito, e através do não dito também, por que é bem mais complicado quando você se expõe,perante à várias pessoas na qual você não está aconstumado a conversar.
Tinha que levar, no máximo, três objetos que representassem a minha vida...Levei apenas um que representa, por completo, toda a minha vida. O meu objeto é um postal que meu Tio Euclides ganhou de um amigo que trouxe de Berlim pra ele.
Bom, a cena parecia um debate policial, por que tínhamos que ir para o centro da sala e falar sobre a nossa relação objeto x vida pessoal, para que todos conhecesse um pouco da minha pessoa.. Meio tenso, nervoso, com medo, peguei meu objeto e fui para o centro da roda. Nesse momento minhas pernas pareciam nem mexer-se de tão nervoso que eu estava, mas caminhei e sentei na cadeira exposta..
Comecei a falar da minha relação com o objeto. Meu objeto representa tudo e mais um pouco do que sou.. Moro com minha mãe, minha irmã e meu tio. Meu tio era da Marinha e toda vez que ele ia viajar, sempre me dava um aperto no coração, por que ele passava meses fora viajando e eu nem o via. Ele mandava dinheiro pra minha avó e minha mãe, depois que a vovó falaceu, ele passou a mandar dinheiro apenas pra minha mãe, que o ajudava em tudo que ele precisasse.
Meu tio foi e será sempre meu segundo pai, na verdade, acho que ele é o meu pai, por que foi através dele que eu soube as coisas certas e erradas da vida. Meu tio vai em todas as minhas apresentações que faço Belém à fora, só que uma vez senti muito a sua falta quando fui à Brasilia e ele nem pode ir comigo, mas torceu muito pelo meu sucesso lá.
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