segunda-feira, 12 de novembro de 2012

De Volta à nossa vida profissional!

24/ Setembro -

A vida é feita de sonhos. Nossos sonhos deixaram de ser pensados quando houve a greve, ou melhor, deixaram de ser executados.
A greve terminou e tivemos que retornar às nossas atividades normais. Porém, a volta foi um tanto quanto 'tensa', pois tínhamos que fazer tudo ao mesmo tempo, realizar tarefas no tempo mais ágil possível e reavaliar situações dentro do curso. A Wlad nos recepcionou com um questionário sobre a disciplina, o andamento da mesma e a realização desta. Alguns pontos foram esseências para mostrar, sejam eles positivos ou negativos, mas teve vários pontos que expus.
Enfim, foi uma aula cheia de conversas sobre a realização e andamento do curso. Além de ter que trazer uma nova proposta de trabalho cênico.

sábado, 16 de julho de 2011

XXV Festival de Teatro da FACES- Santa Luzia do Pará.

O XXV Festival de Teatro da FACES foi promovido no período de 10 à 16 de Julho, em Santa Luzia do Pará e teve grande público, contando com vários grupos do interior e convidados.
Os grupos apresentados no XXV Festival tiveram que suar pra que tudo saíse perfeitamente. Tudo começa com o espetáculo de Icoaraci chamado: "Três Espelhos e Uma Cama", encenado por Ubi Barreto, Kati e Marco Blanco, com a Direção de Chagas Franco. O festival prossegue com os espetáculos: "Esse rio não é minha rua, do Município de Concórdia do Pará, com vários jovens que sobram talento em palco..Depois veio o espetáculo de Santa Luzia do Pará denominado " Homem Objeto", sob a Direção de Hermógenes Gomes. Com isso veio o espetáculo " Tentações" do Município de Ponta de Pedras arrepiando à tudo e a todos...Viream também os meninos do Município de Mojú com o espetáculo "Os Peregrinos" que conteve a criatividade dos palhaços em cena..Logo após, veio o espetáculo "O macaco que não é prego", "As três baratas tontas", e, por fim.. Doroteia, que foi o maior sucesso, tendo a Direção de Nil Nascimento, diretor da Cia Panada de Treatro, de Tucurui. Ou seja, em sim, o Festival teve o que contar de histórias, seja boas ou ruins..Mas como não teve coisas ruins, vamos ficar somente com as coisas boas..
Enfim, vários prêmios foram entregues, inclusive o meu.. Como "Ninfeta da Natureza",como a melhor Maquiagem da Festa..

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Colagem dos Figurinos.

Tínhamos que montar alguma coisa do figurino que seria proposto para experimentação em cena, mas nem todos levaram os figurinos, eu fui um que nem lembrou de trazer.
A aula de hoje foi bem rápida, por que teria apresentação na parte da noite na nossa sala de aula e tivemos que trocar de sala. Na outra sala que nos cederam, tivemos que nos desdobrar em 100 pra que tívessemos uma aula prezerosa, por que o tempo era curto. Então, resolvemos entrar em cena e mostrar o figurino de quem já estava com o seu pronto ou semi acabado.
Verônica fez sua cena e mostrou seu figurino, cheio de galhos de árvores e sua cena nem estava acabada, quer dizer, pronta! E muitos outros mostraram suas "estampas" e eu estava só com a atadura, onde queria mostrar a minha ideia, mas nem deu, por que meu figurino não estava nada pronto e todos teriam que ver, pra que pudessem dá a sua opinião.
Achei melhor montar o meu figurino pra depois propor, por que teve várias pessoas que mostrarm seu figurino e nem opiniram à respeito dos mesmo, mas aula que vem tento trazer a minha roupa, ou ausência de pano.

Enfim...Entro em Cena!






Passei a semana toda pensando: no que ia fazer para que a minha cena não tivesse um texto "linear", que não ficasse rotulado e que a minha apresentação fosse única, diferente e que combinasse com o meu parceiro de cena, afinal, somos cúmplices e a nossa cena tem que ser uma só.
As cenas começaram e eu estava, alí, no meu cantinho e meu parceiro de cena nada de chegar e aquilo ia me dando uma certa aflição, que só passou depois que ele abriu a porta e entrou na sala..Agora sim, ia dá tudo certo, por que eu confiava nele, que dizer, confio. Quando, de repente, acabou-se a cena anterior, a Wlad aponta na minha direção e pede pra que eu faça a cena, junto com o Cecílio..Minha mão começou a ficar gelada e eu pensei: devo fazer tudo que ensaiei em casa e tudo que está marcado, agora é só seguir e fazer bonito.
O primeiro foi o meu amigo à ir pra cena, e eu fiquei atrás só obrservando, vendo no que eu poderia "jogar" com ele. Logo após a cena dele, eu deveria fazer a minha cena, e foi o que eu fiz: deitei na parte de trás da sala, fingindo estar dormindo e começei o meu texto, depois fingi estar tendo um sonho e acordo assustado, depois vejo meu tio chegando e fico todo feliz com a sua presença, minha mãe logo se aproxima e fico com muita raiva por que ela me briga constantemente, mas, com isso eu fico sensível e ela me pede desculpas e eu todo dengoso fico meigo, pego o meu papel e o meu lápis e começo a escrever uma cartinha pro papai do céi e por fim rezo agradecendo à tudo que ele me fez até hoje.. Ufa!! Essa foi as imagens criadas para o meu trabalho da Wlad. Uma surpresa: quando terminei a minha cena, todos ( Digo: TODOS! ) aplaudiram o meu trabalho, ou seja, naquele dia eu trouxe a Glória, quer dizer, fiquei com a felicidade contida em meu interior pelo reconhecimento do meu trabalho.
Devemos trazer as pulsações vividas no cotidiano,. precisamos organizar as emoções e senti falta no trabalho da Diana Flexa, cuidado com o choro e os movimentos aleatórios, pois houve muitos movimentos sem sentido, que dizer, tem sentido, mas fica muito monótono, sem vida. Ou seja, devemos fazer o texto em várias atmosferas, deixando de ser linear.

Descobrindo o fazedor de Poesias.

Cheguei um pouco depois de todos na sala de aula, por que tinha que ajustar algumas coisas de minha cena, pensando que a Prof. ia passar as cenas individuais, mas nem passou, por que quando fomos entrando em sala, nos deparamos com um vídeo que iria falar um pouco da vida e da obra de Manoel De Barros.
Foi bem legal ver como todos os alunos-atores estavam antenados na vida desse poeta, que é uma obra de DEUS que veio abrilhantar o nosso espaço cênico, assim como seus bloquinhos de pápeis na qual ele escrevia seus poemas, a partir das ideias inusitadas de seu amigo "Palmiro", que errava feio no Português, mas que era motivo de inspiração nos poemas de Manoel.
Manoel é bem engraçado por que procura a base de seus poemas na infância, onde tem uma certa doçura, que no mundo adulto quase inexiste e quem quiser encontrar verdade em suas poesias, encontrará muita imaginação e beleza nos traços escritos, por que a imaginação vem com a invenção de mudar o mundo, pois, pra ele, só se ver ouvindo e só se ouve vendo. Para ele, devemos transformar as palavras através do poema e é isso que ele faz..Por exemplo: no texto "Ver'', na qual eu interpreto essa sua poesia, a linguagem escrita é tão rica de significados, de dualidades que nós nos encantamos pela maneira da qual o texto é escrito, e é através de imagens do mundo real que podemos imaginar coisas, objetos, animais que possam refletir no texto.
A poesia não precisa ser entendida, por que quem entende é quem ouve e quem ouve, deve entender aquilo que a sensibilidadem permite entender, e que, no fim damos valor aos nosso sonhos mais puros e precebemos,na maioria das vezes, que o silêncio é tão alto que os passarinhos ouvem de longeeeee ( Manoel brinca com esse jogo de palavras na qual os ''passarinhos podem escutar a intensidade do silêncio" ).
Para ele, sua vida está etagnada, muito, na sua infância repleto de coisas e desejos, onde a criança pode brincar com esse lado mais puro, mais ingênuo, sem malícia .. "Tudo que não inventamé falso" ! Por isso, devemos inventar vários artifícios que tornem a vida um pouco mais original, precisamos brincar mais, aproveitar e ver com a vida é bela, através da imaginação sugerida por Manoel De Barros.




sexta-feira, 17 de junho de 2011

Um dia sem o Poeta!

Entusiasmado por que seria mais um dia disposto à correr atrás do acabamento de minha cena.. Putz, dei na cara na porta! A aula de hoje não teria.. Teria uma palestra de um Americano à respeito do corpo em si, dos movimentos e que nos seriam muito útil para o nosso desenvolvimento em cena.
Não estava empolgado nem um pouco com essa palestra, por que queria, mesmo, era estar em cena com meus amigos ensaiando e completando o noso solo...Mas, fomos para a palestra que já estava sendo iniciada pela Prof. Karine Jansen que estava falando sobre a arquitetura da época..Achei bem legal, mas confesso não entender muito esse período e fora que a palestra nem rendeu tanto, por que outras pessoas queriam debater o assunto e que acabara sendo um tanto quanto explosivo. Todos queriam opinar, mas algumas pessoas da plateia, não escutavam a opinião alheia, o que impede o debate de fluir.
Depois de alguns minutos, começou a palestra do Prof de Nova Iorque.. Gente, foi uma coisa de louco, por que eu não estava entendendo nada do que ele falava, não estava entendendo nada do que o tradutor tentava me explicar, ou seja, não entendi nada.
Conclusão: vim de fininho e me ausentei por alguns instantes até a próxima aula.

1º ATO - Colagens.

Tudo parte do princípio..Princípio este que parte de nossas vivências, o que queremos e o que não queremos expor à todos, pedaços de nossas vidas que devem ou não ser explorados. "Perceptos" e "Afectos", segundo Félix Guattari, são detalhes que nos tocam, como ator, de uma certa forma, em uma cena e são compreendidas nos atos cênicos. Acredito que partindo de nossas vivências pessoais, devemos criar ''afeto'' com as coisas, com as imagens, com o nosso público e com nós mesmos.

A aula começou com uma pequena reflexão sobre esse filósofo, que traz inspirações à nossa cena, mas logo partiu para a apresentação dos primeiros esboços de cada um..
Nesse primeiro instante, foram algumas pessoas demonstrar seus trabalhos..Cada um ia e, logo após, ia a sua dupla. Achei bem bacana o fato de alguns aluno-atores mostrarem seus trabalhos, por que fomos conhecendo o perfil de cada um, com seus traços e seus modos de fazerem teatro..
Me encantou o jeito de Luis Girard, com seu corpo, seu texto e sua alma em cena, acredito que seu trabalho é uma coisa vinda da alma, gostosa de ser vista e explorada. Umas das coisas que não saiu bem em sua cena, acho que foi o fato da cena não ser finalizade e a professora ressaltou isso.. Mas, teve algumas pessoas que não estavam muito ''contentes'' em cena, não estavam com o trabalho preparado, mas estavámos alí para crescer e aperfeiçoar o nosso trabalho.
A Wlad pediu que fizessemos duas vezes a mesma cena, e teve gente que se perdeu. Bernard foi um que se perdeu, por que suas imagens giravam em torno de um tabuleiro de botão, e não conseguiu gravar as marcações por ele proposta. Vagda, não encontrei emoção contida em sua cena, acho que foi mais o texto dito. Simei, muito me surpreendeu, apesar de ela não gostar de decorar texto e muito menos passar a cena mais de uma vez, a sua cena foi uma coisa tocante nesse dia.. Acho que transitou entre a ficção e a realidade, entre uma imagem real misturada à imagem ideal que ela sonhava em ter naquele momento. Mas, quem mais chamou a minha atenção nesse dia foi Thainá Chemelo, por que sua cena continha verdade, não que os outros não tiveram verdade em suas cenas, e sua forma de atuar muito me emocionou: a maneira que ela mudava de imagens, a maneira que essas imagens trocavam de emoções, o tempo de cada texto, o intervalo entre uma imagem e outra.. Acredito que todos nós, atores desse processo, devemos ter uma dramaturgia pessoal, que caminha junto conosco e que, a qualquer momento, podemos explorá-la, e é nesse breve intervalo que montamos nossa cena..

Momento final: trazer um figurino que seja poética, que não tenha utilidade, que sirva só para a cena final e que seja feito manualmente.